Nesta edição, eu quero chamar a atenção dos nossos leitores para uma reflexão e críticas referentes ao chamado instituto da reeleição.
A reeleição numa visão geral é a possibilidade de um novo mandato para exercer o mesmo cargo que já ocupa por um mandato consecutivo e renovado. A reeleição é um fenômeno típico da forma do governo republicano e especialmente relevante naquelas nações que seguem o sistema presidencialista de governo.
O chamado instituto da reeleição foi criado no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, que teve inicio em 1º de janeiro de 1995 e terminou em 1º de janeiro de 2003, quando assumiu Luis Inácio Lula da Silva.
Considero essa manobra da reeleição no Brasil como oportunista, casuística e antidemocrática.
Oportunista porque o governo de FHC aproveitou do seu poder de influência para convencer a maioria do Congresso Nacional votar a favor da aprovação da reeleição.
Casuística porque mudaram a regra do jogo, depois que a partida já tinha sido autorizada e iniciada.
Antidemocrática porque não houve participação do povo na aprovação da reeleição.
Quero relembrar que, em maio de 1997, grampos telefônicos publicados pelo jornal Folha de São Paulo revelaram conversas entre o então deputado Ronivon Santiago e outra voz identificada no jornal como Senhor X. Nas conversas gravadas, Ronivon Santiago afirmava que ele e mais quatro deputados federais receberam 200 mil reais para votar a favor da reeleição, pagos pelo então governador do Acre, Orleir Cameli.
Na época outras denúncias foram feitas, mas, como sempre, tudo terminou em pizza.
Chamei a atenção para essa temática para dizer que o Brasil esta precisando com urgência mesmo, é de um reforma eleitoral e política, para que se tenha maior transparência e participação efetiva do povo brasileiro na história do seu próprio destino.
Aguardemos os próximos capítulos.