O jovem Lucas Amorim, 24 anos, descobriu aos 18 anos ser portador da Síndrome da Artéria Mesentérica Superior, caracterizada por uma má formação rotação do intestino no interior do abdôme. Isso provoca uma obstrução grave que impede a passagem dos alimentos. Após cirurgia para tentar contornar o problema, o rapaz perdeu 90% do intestino devido a complicações. Agora, ele luta para conseguir realizar um transplante de intestino fora do país.
O médico de Lucas, o gastroenterologista Raimundo Viana, explicou que a síndrome é rara e que o transplante é fundamental porque Lucas, devido ao problema, não pode comer nem beber normalmente. Ele se alimenta apenas de forma parenteral total há quase quatro anos. Ou seja, toda a absorção de nutrientes é feita por via endovenosa.
"O tempo para esses pacientes é muito importante, porque ele tem a alimentação por via parenteral total, que são quando produtos farmacêuticos suprem as necessidades energéticas e metabólicas. Mas isso também tem complicações, porque pode ter uma infecção e há ainda os efeitos sobre o fígado e esses pacientes em geral precisam do transplante dos dois órgãos, que é o que chamamos de transplante multivisceral", explicou o especialista.
O médico declarou que o rapaz pode fazer o transplante caso seja inscrito em um projeto nos Estados Unidos, cujo especialista responsável é um cirurgião brasileiro, Rodrigo Viana. Ele pediu que as pessoas ajudem o jovem a conseguir fazer o procedimento.
"Ele é o médico com maior experiência do mundo nisso e tem obtido um sucesso muito grande com esse tratamento. Nos EUA, a grande maioria dos pacientes vai a ele. Acredito que as pessoas devem ajudar, porque o Lucas vai ter sucesso. É um lutador, jovem e vai conseguir vencer", disse.
A mãe do rapaz, a assistente social Joelma Amorim, diz que aguarda agora decisão da justiça para que o filho passe a integrar o programa.
"Ingressamos na justiça pra que o governo pague esse tratamento e pedimos também a solidariedade das pessoas porque passaremos um tempo muito longo no pós-operatório e nossos recuros familiares nós já não temos, foi todo usado nesse período", falou a mãe.
Lucas, que estudou até o terceiro período do curso de Engenharia Civil, já disse o que quer fazer primeiro quando realizar o transplante: "Quero comer um prato bem generoso. Ficar sem se alimentar é a pior parte", lamentou.
COMO AJUDAR
Todas a informações de como ajudar Lucas podem ser obtidas pelo site www.esperandotransplante.com.br.
03/02 às 04h37
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