O secretário estadual de Administração e Previdência, Franzé Silva, revelou que o Estado não tem como fechar o ano pagando todas as contas - ou seja, o Estado vai encerrar 2016 em débito com fornecedores, mas há garantia de pagamento em dia dos servidores públicos. "Certamente, não dará (para pagar todas as contas). Teremos que priorizar as despesas e reorganizar o fluxo de caixa. Nesse momento, priorizamos o pagamento da folha de pessoal e os serviços essenciais", afirmou o secretário.
Na semana passada, o secretário estadual da Fazenda, Rafael Fonteles, afirmou que op Estado tem dinheiro para pagar as folhas de outubro, novembro e dezembro. Ele ainda tranquilizou os servidores com relação ao 13º salário, que, segundo garantiu, será pago antes do Natal. A situação é mais complicada para os fornecedores, segundo adiantou o secretário Franzé Silva. De acordo com ele, nenhum dos estados fechará positivamente este ano. Nem a União.
Ele apontou que no quadrimestre passado já houve um passivo financeiro em relação aos fornecedores, porque o poder público está adquirindo insumos e empurrando o pagamento para frente. O secretário destacou o posicionamento do governador Wellington Dias, que tem dito que para manter o equilíbrio financeiro precisa aquecer a economia, investindo na iniciativa privada, para fazer circular dinheiro e gerar emprego e renda para a população.
"O equilíbrio vai ser mantido com o crescimento econômico, porque vai melhorar a nossa arrecadação, com a movimentação da economia e assim poderemos bancar os fornecedores que são os alimentadores do poder público, que alimentam os insumos para manter os serviços", argumentou Franzé Silva. Ele destacou que tudo tem que estar abastecido para que os serviços funcionem bem. "O fluxo de caixa está apertado, mas temos nosso foco no servidor, no pagamento da folha. E esse dinheiro aquece a economia local, porque o servidor gasta no comercio local, e a circulação do dinheiro termina voltando em forma de imposto", acrescentou o secretário.
Franzé Silva explicou que o sistema financeiro do Estado fechou e depois abriu, porque estava priorizando o pagamento da folha. Depois retoma para os demais pagamentos. Mas, segundo ele, o Estado está priorizando os pagamentos de fornecedores em setores essenciais para manter esses serviços sem descontinuidade.
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