Desde que o governo federal, através do MEC, estabeleceu o percentual e o valor do Piso do magistério nacional do ensino básico, o que se tem visto são dois campos de batalhas. Um de alguns prefeitos, que ameaçam não dar o piso; e dos que já chegaram a dar o piso para mostrar a boa fé e valor aos seus servidores.
Até o governador do Piauí entrou na batalha midiática em torno da concessão dos percentuais fixados pelo MEC. Ele chegou a gravar um vídeo em que falar em dar o que o MEC fixou, e até mais. A verdade é que em ano de eleição tudo (ou quase tudo) se torna possível. Inclusive 33,24% de reajuste aos professores do Estado. Difícil é acreditar.
A disputa pela concessão dos percentuais do Piso tem levado prefeito a anunciar até mesmo 35%. Coisa jamais vista. Aleluia! No entanto, um detalhe merece prosperar: não é ano de eleições municipais. Ma o “gás” para a campanha de deputados, senador, governador e presidente da República passa pelo crivo da satisfação dos munícipes, entre os quais muitos são professores.
Essa celeuma em que se envolveu o MEC sobre a possibilidade de não conceder o piso salarial do magistério acabou expondo quem, na contramão do que anunciou o ministério preliminarmente, dizia que vetar os percentuais era um “absurdo”. O tiro saiu pela culatra. E agora, terão que arranjar uma equação para não ter que desdizer o que disseram antes.
Na disputa pelo percentual do PISO, só quem deve sair ganhando são os professores, que deverão ter esse aumento, depois de dois anos de congelamento salarial.
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