Os servidores municipais de São João do Piauí saíram mais uma vez pelas ruas, em manifestação, por reajuste salarial. A mobilização da entidade sindical faz parte de um cronograma de manifestações marcados desde a reunião, em Assembleia Geral, em que ficou decidido que o município poderia deflagrar greve.

Segundo o Sindserm, as mobilizações se deram em resposta à falta de canal de diálogo entre a gestão de Ednei com as categorias. O sindicato alegava que o prefeito do município não apresentava proposta dos reajustes documentada para os servidores.

Prefeito deu o piso do magistério

Momentos depois de os servidores, professores e administrativos, saírem às ruas, o prefeito enviava à Câmara Municipal o projeto que reajustava o PISO do magistério em 33,24%. Com isso, o movimento suspendeu a deflagração de greve na educação pública municipal, que aconteceria na manhã de hoje. Mas espera uma sinalização em torno das demais categorias: saúde e adminstrativos (ACS, ACE, motoristas, técnicos).

Diálogo com SINDSERM

De acordo com informações repassadas ao Mandacaru, com exclusividade, o Sindserm recebeu do prefeito Ednei Amorim uma sinalização positiva para um canal de diálogo, em que a situação dos administrativos será colocada na mesa de negociações, e posterior proposta.

Quem pode mais pode menos

Ainda segundo o Sindserm, o município fez uma economia no final do ano passado, ao firmar dois compromissos com a Justiça do Trabalho, cujo valor mensal é de R$ 70 mil reais, o que representa uma redução entorno de R$ 27 mil reais na folha da prefeitura, com aposentadoria de servidores. Já os setores da saúde e administração, como levantou o Sindicato, os gastos ficam em R$ 71 mil reais por mês.

“Acreditamos que, como o prefeito Ednei atendeu à pauta de reivindicação acerca do Piso do Magistério Nacional, concedendo o reajuste de 33,24%, ele pode, perfeitamente, receber as demais categorias e rever a situação de defasagem salarial delas”, destacou o presidente da entidade, Manoel Raimundo.