O tic-tac do relógio parece que ainda não espertou a percepção da oposição de como e quão intenso serão as eleições municipais de 2024 em São João do Piauí. A estratégia de “pulverizar” nomes para depois aglutinar se traduz em um jogo arriscado, visto que há quem pode alegar que sua marcha não deve ser considerada em vão, depois de longa caminhada, ou que o contágio pelo sentimento de vitória, ao atingir certo grau de convicção, poderá esbarrar em um sentimento de resistência irreversível.

Ednei Amorim, apesar de ser o candidato natural na disputa pela reeleição, está de olho no que vem acontecendo nas alas partidárias de seus adversários para, a partir de então, lançar sua estratégia político-eleitoral. O que também é natural.

Hoje, o cenário oposicionista local conta com quatro pretensos candidatos, todos de olho nos números que surgirão de pesquisas de opinião pública, até o próximo ano. Não obstante isso possa trazer certo grau de certeza para que A ou B possa tomar decisão, a estratégia da definição só em 2024 vem impondo perda de espaço e afunilamento de conquista a cada dia em desfavor da oposição, haja vista que a máquina “seduz” lideranças e certos formadores de opiniões.

A oposição corre contra o tempo, o tic-tac do relógio, apesar de passar a impressão de tudo está bem: que cada um, caindo no campo, atrás de seu reduto, ou de que, cada um ganhando musculatura política, poderá resolver o impasse da definição no ano eleitoral. Não faz nem sentido algum.

O Tica-tac do relógio é silencioso e não para, não para nunca. E pior: não pode ser ignorado. Pelo contrário, ele não perdoa erros ou deslizes, por menores ou singelos que possam ser. As tratativas em torno da definição (escolha de quem será o candidato) já deveriam estar acontecendo, mesmo que timidamente, até 31 de dezembro.