A desistência de concorrer à eleição da APPM, no próximo dia 18, anunciada pelo prefeito reeleito e depois cassado, Gil Carlos, não convenceu a quem sabe do apego excessivo que ele tem pelo poder e pelos holofotes produzidos pela liturgia dos cargos que ele ocupa.

O prefeito Gil Carlos chegou ao poder, pela vida democrática, em 2012, e condenava os seus antecessores, porque mantinham uma relação de apego muito forte ao poder. Mas ele não fez diferente. Gil mostrou, em apenas quatro anos de mandatos, que o poder é algo que encanta e seduz. Ele foi picado pela mosca azul. Disso ninguém mais duvida

Os rumores que correm e que já ganharam eco é que, como amigo de Wellington Dias, Gil Carlos possa vir assumir o comando da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI). Prova de que não houve desistência em prol de um bem maior: fortalecer a representatividade dos prefeitos e dos municípios na entidade. Até poderia ser. Mas não é.

O prefeito Gil Carlos, que também é presidente da APPM, construiu uma carreira política da noite pra o dia, quando ganhou as eleições no município, em 2012. Aliado de sempre de Wellington Dias e de Rejane Dias, houve momentos em que se pensou que ele e a primeira-dama do Estado estariam “brigados”. Nada. Pura falácia. E acabaram engando os mais incautos.

Os argumentos usados por Gil para dizer que “renunciou em beneficio da APPM e de outros prefeitos bem avaliados” não convence a quem tem uma ótica menos simplista de como o prefeito trata a política e o jogo do poder.