O desenrolar do cenário político local traz uma dose de incoerência. O atual gestor do munícipio, Gil Carlos Modesto Alves, sobrinho de Ednei Amorim, condenava a oligarquia, ao se apresentar como candidato lá em 2012. O que parecia ser uma mudança nos costumes políticos no munícipio, logo se revelou como peça de um discurso, anos mais tarde.
Gil, ao se apresentar como candidato a prefeito em sua primeira disputa, vendeu o céu e a terra: de médicos especialistas à famosa Avenida Beira Rio, tudo isso povoou o imaginário de quem tanto teve esperança na mudança dos costumes políticos, daquele momento em diante. Mas não durou muito. Para ganhar as eleições em 2016, em seu projeto de poder, Gil fez alianças com alas políticas que derrotara em quatro anos atrás. Eis a incoerência de seu discurso.
O PT, partido pelo qual Gil Carlos foi eleito, por dois mandatos, além de venerar o médico, chamando-o em palanque eleitoral de “O Messias”, curvou-se incondicionalmente diante de decisões, por anos. Do legislativo ao Diretório Municipal, as vozes de críticas ao novo regime político gilcarlista se ateve a um silêncio jamais visto. Ensurdecedor até.
Gil Carlos não é tolo, muito menos despido de visão política. As razões de faxina do PT, afastando qualquer tentativa de projeção política, foi alvo providencial de “fritura” ou de “geladeira”, com gestos pontuais de desarticulações. Que o diga o vereador Elias, petista que almejava alçar voo em uma candidatura agora em 2020, mas não teve do prefeito o aval de que necessitava. Se bem que o vereador ousou, mesmo que timidamente, rasgando elogios ao prefeito e à sua gestão “impecável”.
A pré-candidatura de Ednei Amorim, tio do atual prefeito, escancara o desejo de poder político familiar, que agora, em 2020, disputa sua terceira eleição. Gil faz uma aceno oligárquico, sem se importar com setores da sociedade são-joanense, que lá em 2012, deu-lhe carta branca para ascender ao poder e enterrar de vez os costumes condenáveis e condenados, anos a fio.
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