São João do Piauí, 07 de novembro de 2024
Joe Santos

Joe Santos

As restrições contra o coronavírus foram uma farsa
20/12/2020 08h42

Os dias que se sucederam ao aparecimento do primeiro caso de infectado pelo coronavírus foram apocalípticos, aqui no Brasil. Por um lado, o então ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, era o maestro do apocalipse, ao fazer previsões catastróficas sobre um sistema de saúde colapsado. Isso não aconteceu. Ainda bem. Pelo outro, o STF retirava do Planalto o poder de editar normas a serem seguidas pelos Estados e municípios.

O maestro foi exonerado, mas os governadores e prefeitos promoviam o caos e se promoviam com as remessas avantajadas de recursos do governo federal. O resultado disso tudo foram as edições de decretos e o endurecimento das medidas restritivas às liberdades do cidadão, além da perda de emprego em massa e em uma dependência direta do governo central através do auxílio emergencial.

Os prefeitos e os governadores apostaram na lógica do medo, no fantasma do apocalipse, em que as cidades seriam invadidas por um vírus que dizimaria toda a população. O vírus de fato é letal. Mas só até o período que antecedeu as eleições municipais.

Em São João do Piauí, o prefeito fechou entradas da cidade, cavou valas e firmou contrato de quatro tendas e de dois banheiros químicos para combater através de barreiras sanitárias. Isso tudo ao custo de R$106.200,00 mil. Na transparência até celular para o combate ao vírus foi comprado. 

O ápice ou a aposta na lógica do medo do coronavírus rendeu a dois fornecedores locais pagamentos na ordem de R$511.724,50 com gêneros alimentícios e cesta básica.

Depois do pleito eleitoral, a aposta na lógica do medo parece não ter feito mais sentido, apesar de o município ter gasto R$1.405.231,00 o equivalente a 30,4% do valor repassado de R$4.625.258,03, e os casos aumentaram quase que em velocidade exponencial juntamente com a soma de óbitos pela COVID-19, divulgados pelo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Município, diariamente.

A irresponsabilidade de prefeitos e governadores foi capaz de produzir desemprego, morte por inanição, agravamento de doenças crônicas e distúrbios comportamentais.

O aumento desenfreado dos casos de coronavírus nos municípios revela a verdadeira farsa da maioria esmagadora de perfeitos, que não souberam e continuam sem saber conduzir essa crise sanitária. O “Fica em Casa” e as medidas de restrição às atividades econômicas foram só uma farsa. Nada mais do que isso, por que o combate ao vírus não foi possível acontecer.

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