O prefeito Ednei Amorim foi eleito com sete vereadores. O que parecia ser “moleza” no parlamento, acabou se transformando em dificuldades. Isso por que dois dos membros de sua coligação decidiram trilhar caminhos diferentes. O petista Moacyr se articulou com a oposição e lançou sua chapa para a disputa da presidência da Casa; o emedebista Dante escolheu seguir a “trilha”, amigável ou política, e fazer parte da chapa do petista. E ganharam as eleições.

Mas o que surpreendeu o cenário político local não foi a formalização da disputa de Moacyr à presidência da Câmara; mas o discurso duro de Dante Quintans, ex-prefeito do município. Na solenidade de posse dos vereadores e do prefeito Ednei Amorim, Dante, a que tudo indica, e isso ficou explícito em seu discurso, rompeu as relações políticas com Ednei Amorim, amigo de longa data, ao chama-lo de covarde, ao se referir à condução do processo da eleição da Mesa.

O episódio de Dante foi um tiro certeiro nas pretensões de Ednei, que, por algum tempo, tinha certeza de que possuía maioria eslástica no parlamento.

O “ring político” que envolve os dois vereadores, Moacyr e Dante, e apoiadores de Ednei Amorim, ainda repercute nas redes sociais. Os ataques pessoais, motivados por questões políticas, ganham força em perfis dos apoiadores do prefeito, o que reforça ainda mais o distanciamento e o rompimento entre ambos.

Se Dante Quintans, de fato, rompeu definitivamente as relações políticas com Ednei, o emedebista terá uma tarefa nada fácil pela frente: conquistar a maioria que perdeu no parlamento local; a começar por atrair um dos vereadores da oposição para construir um entendimento político e um canal de sintonia para votar de acordo com o executivo.