À época do impeachment de Dilma, o PT acusava os partidos que arquitetaram a queda da presidente do poder de golpistas, fascistas, além de não se conformar com o que acabara de sofrer. Mas o partido ainda não conseguiu a se acostumar fora do círculo do poder.
O MDB, um dos artífices do impeachment de Dilma, marcharam de braços dados nas eleições seguintes. Por aqui, quem dá as cartas é Wellington Dias, e ele fez alianças com o MDB e com o PP, responsáveis pela queda da presidente. Pior ainda: os dois então candidatos ao senado por esses partidos foram levados nas costas de Dias, e chegaram ao Senado Federal.
Os anos que se seguiram, o PT acusava de fascista e de golpistas os apoiadores de Temer. Mas se esquecera de que ele [PT] foi um dos partidos que articularam a queda de Fernando Collor de Mello, em 1992. O tempo passou e tudo ficou na história. Como ficou. Em 2016, Dilma também caiu...
O PT mostra ou se apresenta como o partido que prega a ética na política, abomina acordos escusos, mas não se cansa de fazer alianças com partidos ou personagens envolvidos em processos de corrupção, como Rodrigo Maia, que lançou Baleia Rossi à presidência da Mesa da Câmara Federal. Baleia Rossi foi alvo da “Operação Alba Branca”, que investigou a Máfia da Merenda em São Paulo, em 2016. O deputado negou as acusações, e Gilmar Mendes, ministro do STF, arquivou o processo. Mesmo citado em operações policiais, o deputado emedebista despertou o desejo de aproximação do partido de Lula e Dilma. Como não existem almoços grátis, o Partido dos Trabalhadores fez uma exigência para apoiar Baleia Rossi: que ele ponha na mesa os pedidos de impeachment contra o presidente Bolsonaro.
Ou o PT não aprendeu que quem dá golpes acaba sendo vítima do mesmo golpe, ou o choro pelo impeachment de Dilma não foi capaz de levar o partido a fazer uma reflexão profunda acerca das cicatrizes geradas pela queda do poder, causadas por um processo de impeachment.
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