Parlamentares aguardam uma decisão do Palácio do Planalto sobre o pedido feito por deputados do PSL por uma intervenção federal na área de saúde do Amazonas. O Congresso se divide sobre a possibilidade de o governo do presidente Jair Bolsonaro assumir a crise. A explosão de casos de covid-19 em Manaus levou o sistema de saúde da cidade ao colapso. O estoque de oxigênio se esgotou em diversos hospitais e pacientes morreram por asfixia, segundo relato de médicos.
Parte dos parlamentares considera que a intervenção é essencial para controlar a situação no Estado, enquanto outros avaliam que o momento é de união e não de ruptura. Nos bastidores, alguns temem a postura negacionista do governo e avaliam que a insistência na defesa de medicamentos sem comprovação científica pode ser ainda pior.
O requerimento pela intervenção federal na área da saúde do Amazonas foi protocolado na quinta (14), pelos deputados Delegado Pablo (PSL-AM), Felício Laterça (PSL-RJ) e Marcelo Freitas (PSL-MG). "O povo não aguenta mais, hoje chegamos no limite, desde abril do ano passado vemos a pandemia crescer a níveis alarmantes", afirmou Pablo, em vídeo divulgado nas redes sociais.
Pablo disse ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já ter solicitado uma audiência com Bolsonaro para debater a questão, mas ainda aguarda a resposta. "Já fizemos uma intervenção branca, mas o que precisamos agora é de uma intervenção real", disse.
O governo chegou a cogitar uma intervenção federal no Estado em abril, mas, na época, o governador Wilson Lima (PSC) disse que a situação estava sob controle, o que fez o Palácio do Planalto recuar.
Decretos de intervenção federal em Estados são feitos pelo presidente da República, mas precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional. O Legislativo, porém, está em recesso até o início de fevereiro. Uma sessão extraordinária somente seria realizada com a aprovação da maioria absoluta da Câmara e do Senado, ou seja, 257 deputados e 41 senadores. Se houver convocação, a intervenção poderia ser aprovada por maioria simples de votos.
O retorno dos trabalhos do Congresso, a quem cabe a análise do pedido de intervenção, tem sido defendido por vários deputados e senadores, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "O parlamento deveria estar funcionando para discutir a crise no Estado do Amazonas e a questão da vacina", disse, por meio de sua conta no Twitter.
Senador pelo Amazonas, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga, também defende o retorno das atividades do Legislativo e a intervenção. De acordo com o parlamentar, o governo federal precisa "assumir as rédeas" no Estado para estabelecer "um verdadeiro estado de guerra contra a covid-19".
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Saúde de São João do Piauí informa alteração no número de óbito divulgado ontem, dia 1°End: Travessa Adail Coelho Maia - Cel: (86) 99525-8210 - Redação: [email protected]
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